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Foto do escritorMarilice Zanato

Experiências sobre a depressão - Consulta com médico (Por essa a gente não esperava)


Dia desses um paciente que está em acompanhamento há um tempinho, me contou uma experiência que eu queria compartilhar com vocês. (O paciente me autorizou a fazer esse relato).


Ele estava com problemas relacionados a depressão e atualmente estava com muita dificuldade para dormir por estar extremamente sensível e reativo a sons externos.


A orientação era de que ele buscasse um médico, preferencialmente psiquiatra para ajudar, pois apesar da psicoterapia, ele não estava conseguindo dormir e isso estava começando a impactar negativamente na realização das suas atividades cotidianas, perdendo em produtividade, atenção, concentração e até sentindo se um pouco desorientado e perdido, as vezes ele usava o termo "lesado" para explicar o que era realmente tudo isso.


Ele tem convênio médico e ao procurar a especialidade de psiquiatra se deparou com a triste realidade: para passar pelo convênio ele teria de entrar para uma fila de espera, pois todos os horários estavam lotados.


Porém considerou então passar com um médico clínico geral para verificar se conseguiria alguma medicação para lhe ajudar com o problema de sono até conseguir agendar o especialista em questão.


Por que to escrevendo tudo isso?


Porque durante o atendimento com o clínico geral ele ouviu as seguintes frases:

- Esses sons são coisa da sua cabeça;

- Não vai acontecer nenhuma guerra, então não tem porque você ficar alerta;

- Remédio nenhum vai te salvar disso;

- Você precisa aprender a lidar com isso tudo sozinho;

- E outras orientações que tinham uma visão integrativa que já estão sendo trabalhadas em psicoterapia.


Sei lá...


Fiquei triste sabe...

Porque eu tinha conseguido convencer o paciente a buscar um atendimento profissional e quando ele buscou ele teve que ouvir essas frases que são de senso comum. Algo que confesso, que seria natural ouvir de pessoas no nosso dia a dia, mas não de um profissional de saúde.


Tudo bem também que o correto seria passar com um psiquiatra, mas naquele momento era o que tinha. E ao invés de ajudar, acabou deixando o paciente mais sensível e com sentimento de incapacidade e fraqueza.


Pensativa estou, imaginando como o universo da saúde mental ainda é uma caixinha preta que poucas pessoas estão realmente dispostas a olhar com profundidade e respeito.


A médica teve boa vontade, mas não conseguiu ajudar.


Se fosse para dar opinião, eu tinha indicado conversar com um amigo, um familiar... Mas a intenção era conseguir um apoio da medicina, para lidar com o que estava além do que a razão tinha capacidade para lidar.


Ela deu um encaminhamento urgente para o psiquiatra, mas para passar na rede, vai ter que continuar na fila de espera do mesmo jeito... Então...


O que aprendemos com o texto de hoje?


Que saúde mental é algo muito sério e que precisa ser tratado com respeito e atenção. Empatia e conhecimento.


Então, fica o alerta: se você está passando por alguma dificuldade no aspecto emocional, não pense duas vezes em procurar ajuda de um profissional, e se você não gostar do atendimento, não tem problema, procure outro... Com certeza existe um profissional com o seu jeitinho e que vai dar entender o que você está passando. (Não desista!!!)


Marilice Everton Zanato

Psicóloga e Facilitadora em Constelação Familiar

Contato: 11-9-6989-0331

www.marilicezanato.com.br









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Todo o conteúdo deste blog é de minha autoria.

Ele tem o objetivo de informação e reflexão e não substitui o processo psicoterapêutico.
 

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