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Foto do escritorMarilice Zanato

Hoje vou dar um passeio comigo


Quantas vezes, quando falamos para outras pessoas que queremos ficar sozinha (ou sozinho), os outros acabam ficando incomodados com a nossa fala ao ponto de falar: "Pára com isso"; "Deixa essa tristeza de lado" e outras coisas, quando na verdade, parece que elas não ouviram exatamente o que a gente disse.


Quantas vezes ficar sozinho é visto pelos outros como digno de piedade, dó ou solidão, mas deveria ser encarado como um grande gesto de amor e autoestima?


Conversando com uma paciente, ela me fez chegar nesta reflexão.


Ela teve uma experiência um dia desses na cidade que ela mora. Disse que estava voltando para casa depois de um encontro com uma amiga e no trajeto se deu conta que o dia estava maravilhoso e ela ia passar um tempo com ela.


Olha que coisa incrível!


Ela foi tomar sorvete, sentou a beira de um rio famoso onde ela mora e ficou lá curtindo a brisa, a paisagem, o sol e a melhor companhia do mundo que é a dela.


Quantas vezes, nos damos essa experiência? Nos permitimos viver algo assim tão grandioso?


Infelizmente a maioria de nós acaba não dando conta de ficar consigo mesmo, pois parece que dá uma sensação de vazio, de solidão, de tristeza, mas isso acontece justamente porque fomos treinados a fundamentar o nosso sentir a partir do outro e não a partir de nós mesmos.


Como se só fosse possível haver felicidade quando estamos cercado de pessoas. E sim, claro, que é importante ter amigos e pessoas para compartilhar a vida, mas como também são primordiais momentos de solitude, quando podemos entrar em contato com nossa verdade, nossa essência, entrar em contato com a delícia de sermos quem somos nos mínimos detalhes.


Então eu te convido a fazer o que essa paciente fez: Se convidar para um passeio, ou um café, ou um filme, uma pipoca, um livro, um passeio de carro... o que sua imaginação permitir! E nesse convite só pode ir a pessoa mais linda do mundo que é: VOCÊ!


Depois me conta para onde você se levou e como foi? Adoro ouvir essas histórias.


Marilice Everton Zanato

Psicóloga e Facilitadora de Constelação Familiar


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Todo o conteúdo deste blog é de minha autoria.

Ele tem o objetivo de informação e reflexão e não substitui o processo psicoterapêutico.
 

Caso queira publicar algum texto do blog, peço por gentileza mencionar a autoria e me encaminhar um link para que eu também possa acompanhar a publicação.

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